Para Ti

Não tenho palavras

Para dizer o que penso,

Para exprimir o que sinto.

Não tenho palavras

Para dizer o quanto te amo,

Para dizer o quanto preciso de ti.

Não tenho palavras

Por isso te dou estas flores.

Labirinto

Por entre caminhos,
Opções, decisões
Por entre trilhos
De confusões
Perco-me sozinho
Num labirinto
Em que me não sinto
E em que te minto

Branca

Branca a neve

que cobre o chão

Branca a cor

de tua eterna ilusão

Branco o sonho

feito de algodão

Branca a nuvem

de chuva e sensação

Branca a chama

da nossa sentida paixão

Branca a flor

que dá vida à emoção

Solo Infértil

Secaste o meu corpo

E a minha alma.

Usaste-os

E abandonaste-me aqui,

Só, entre a multidão.

Sugaste toda a minha energia.

Sugaste toda a minha alegria.

Sugaste, até, as minhas lágrimas.

Agora, sou solo infértil,

Seco e árido,

Incapaz de voltar a amar.

Foto: Vladimir / Texto: Carol

Coração Abandonado

Onde está o nosso amor?
Deixá-mo-lo morrer,
Deixá-mo-lo definhar...

Agora, o meu coração
Tornou-se uma casa abandonada
Cheia de nada,
Repleta de trepadeiras e ervas daninhas...

Foto: Vladimir / Texto: Carol

Concertina Chorosa

Toca, toca, concertina!
Dá às notas tuas ordens,
dita-lhes a sua sina!

Toca, toca, concertina!
Que aqui te vejo
E ouço chorar!

Toca, toca, concertina!
Façamos juntos
O nosso sonhar!

Foto: Vladimir / Texto: Carol

Quero ser....

Quero ser rocha da tua montanha,
Ser fria, firme, impenetrável.
Quero o gelo dessa neve,
A chuva a escorrer
No meu rosto, no meu corpo.
Quero a altivez da serra,
Que sobre vós estende
O olhar derradeiro
E se perde no vazio.

Foto: Vladimir / Poema: Carol